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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Arte e Mito indigena

A arte está presente em cada momento de vida dos povos indígenas no mundo todo. Em cada objeto, em cada ritual, em cada gesto, a arte surge, expressão de força e conexão com o mundo mítico e espiritual . A beleza está presente como atributo divino. Não importa se a pintura trabalhosa e detalhada feita no fundo da panela vai ser queimada assim que ela for ao fogo. A pintura não precisa permanecer para justificar sua beleza. Ela é, no presente, como expressão necessária. Dá sentido ao ato criativo de transformar o barro em cerâmica.
Cada povo tem sua habilidade e forma de materializar em objetos de arte as necessidades do dia a dia ou dos rituais. A arte plumária ainda é a mais conhecida e admirada por sua exuberância e riqueza.


A árvore dos cânticos, dos ianomâmis

Árvore dos cânticos da cosmologia dos ianomaes, um ramo ianomâmi do alto curso do rio Toototobi, no Estado do Roraima. Essa árvore teria existido em tempos remotos no chão em que pisam os ianomaes, mas depois afastou e hoje está no "peito do céu". Ela cantava e dançava, sendo particularmente sensível ao canto das mulheres. Um grande galho da árvore é guardado pela preguiça, que cede seus ramos aos espíritos auxiliares dos xamãs, que assim podem entoar os cânticos que estão nesses ramos. A preguiça, entretanto, é muito sovina e nem sempre é convencida a conceder ramos da árvore. Os xamãs também podem tentar o acesso à própria árvore, uma vez que podem deslocar-se no espaço e no tempo.
Segundo o mito, numa grande festa o sapo coaxava e pensava estar entoando um belo cântico. A preguiça gigante irritou-se com a feiura do cântico e repreendeu o sapo por estar cantando tão mal. Então Yorixiriamori ensinou aos demais como se devia cantar. Seu canto era muito belo e as mulheres ficaram encantadas. Os outros homens, com inveja dele, tentaram matá-lo e por isso ele fugiu, transformado no pássaro yorixiri a. As mulheres, apaixonadas, correram atrás dele, mas não conseguiram atravessar o rio que ele cruzou. Ao fugir, Yorixiriamori jogou fora o galho da árvore dos cânticos e a preguiça o pegou.
A árvore dos cânticos sumiu deste mundo porque a aranha, ao aproximar-se dela, cobriu a cabeça e apontou o dedo. Por isso o som silenciou e ela desapareceu.

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