Esta é a história da primeira mulher
Fuzileira Naval da História do CFN da Marinha Brasileira.
Antes de a Marinha do Brasil criar o Corpo Feminino, antes mesmo do voto feminino, nós, do Batalhão Naval, já tínhamos eleito a fuzileira honorária: Paula, a Baiana.
Chegou de mansinho, quando éramos Corpo de Infantaria da Marinha, na Ilha das Cobras, lá pelos idos de 1895.
Trazia na bagagem apenas o tabuleiro com bolinhos de tapioca, pés de moleque, cuscuz, laranjas, bananas e a satisfação de atender aos soldados e a todos os que acorriam para refeições ligeiras.
Com o tempo, a curiosa mulher estabeleceu relação tão harmoniosa com a tropa, que foi autorizada a instalar-se no pátio do quartel, com a pequena cantina, batizada de "mafuá de baiana".
Aos poucos se integrou às fainas diárias, familiarizando-se com os toques de corneta.
Quando chegava o comandante, perfilava-se ao lado do tabuleiro.
Já era por convicção uma autêntica militar do Batalhão Naval.
No Sete de Setembro ou qualquer que fosse a data cívica, lá estava ela.
Saia branca engomada e dólmã vermelho com botões dourados, marchava garbosamente, com a cesta de vime à cabeça, misto de mascote e madrinha.
Tinha orgulho de usar o gorro de fita, identificação maior de nosso uniforme.
O povo já a saudava e ela sentia mais orgulho ainda.
Com a venda de suas iguarias se mantinha e pagava o aluguel da casa no subúrbio de Rocha Miranda. Oficiais e praças a tratavam com carinho.
Com Paula Baiana, iniciou-se costume que perdura até hoje na Fortaleza de São José Ilha dos Cobras: as "lavadeiras da pedreira", que ocupam a célebre "Cova da Onça".
Segundo relatos e à luz de documentação iconográfica do Museu do Corpo de Fuzileiro Navais, Paula trajava-se com uniforme de segundo sargento ao final da década de 1920.
Essa fantástica mulher, que conviveu conosco nos conturbados anos da República Velha, morreu dia 20 de abril de 1935, deixando saudades e um legado de amor e gratidão ao velho Batalhão Naval.
Conheça o Museu do Corpo de Fuzileiros Navais
Fortaleza de São José - Ilha das Cobras, Centro
Rio de Janeiro - RJ
Almanaque Brasil
Antes de a Marinha do Brasil criar o Corpo Feminino, antes mesmo do voto feminino, nós, do Batalhão Naval, já tínhamos eleito a fuzileira honorária: Paula, a Baiana.
Chegou de mansinho, quando éramos Corpo de Infantaria da Marinha, na Ilha das Cobras, lá pelos idos de 1895.
Trazia na bagagem apenas o tabuleiro com bolinhos de tapioca, pés de moleque, cuscuz, laranjas, bananas e a satisfação de atender aos soldados e a todos os que acorriam para refeições ligeiras.
Com o tempo, a curiosa mulher estabeleceu relação tão harmoniosa com a tropa, que foi autorizada a instalar-se no pátio do quartel, com a pequena cantina, batizada de "mafuá de baiana".
Aos poucos se integrou às fainas diárias, familiarizando-se com os toques de corneta.
Quando chegava o comandante, perfilava-se ao lado do tabuleiro.
Já era por convicção uma autêntica militar do Batalhão Naval.
No Sete de Setembro ou qualquer que fosse a data cívica, lá estava ela.
Saia branca engomada e dólmã vermelho com botões dourados, marchava garbosamente, com a cesta de vime à cabeça, misto de mascote e madrinha.
Tinha orgulho de usar o gorro de fita, identificação maior de nosso uniforme.
O povo já a saudava e ela sentia mais orgulho ainda.
Com a venda de suas iguarias se mantinha e pagava o aluguel da casa no subúrbio de Rocha Miranda. Oficiais e praças a tratavam com carinho.
Com Paula Baiana, iniciou-se costume que perdura até hoje na Fortaleza de São José Ilha dos Cobras: as "lavadeiras da pedreira", que ocupam a célebre "Cova da Onça".
Segundo relatos e à luz de documentação iconográfica do Museu do Corpo de Fuzileiro Navais, Paula trajava-se com uniforme de segundo sargento ao final da década de 1920.
Essa fantástica mulher, que conviveu conosco nos conturbados anos da República Velha, morreu dia 20 de abril de 1935, deixando saudades e um legado de amor e gratidão ao velho Batalhão Naval.
Conheça o Museu do Corpo de Fuzileiros Navais
Fortaleza de São José - Ilha das Cobras, Centro
Rio de Janeiro - RJ
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